Por Moisés Elias
Chegando a seu estágio derradeiro, o mês de setembro nos trouxe mensagens de esperança sobre questões que envolvem o tratamento de doenças psíquicas e suas diversas causas. Além da campanha Setembro Amarelo, que evidenciou reflexões sobre o suicídio, com palestras, ações e uma grande mobilização feita por parte dos profissionais da saúde de Brumadinho, a participação em Fóruns de discussão também marcou o mês.
Voltado para discutir a atual condição e a evolução dos tratamentos dos transtornos mentais, psicólogos da rede pública do município participaram do V Encontro Mineiro de Serviços Substitutivos em Saúde Mental, realizado em Mariana-MG, nos dias 22, 23 e 24 de setembro.
O encontro, que contou com representantes de mais de 70 cidades mineiras, de todas as regiões do estado, trouxe apresentações de teses, artigos científicos e estudos inerentes à doenças mentais e a atuação dos serviços que vieram para humanizar os tratamentos, substituindo os hospitais psiquiátricos.
“Foi um encontro para pensar sobre os cuidados em saúde mental para população e as políticas públicas. Inscrevemos nossos trabalhos na mesa em que tratava das ações focadas na saúde mental de pessoas expostas a grandes tragédias, como as ocorridas em Brumadinho e Mariana, salientou Rodrigo Nogueira, referência Técnica na psicologia do Município.
Além de Nogueira, a comitiva representando Brumadinho contou também com os psicólogos Farley Maia e Matheus Abreu, ambos da atenção básica, lotados no interior.
Com uma grande vivência em situações de extrema complexidade no que se refere ao tema abordado, Brumadinho tem se destacado na promoção e na assistência no que diz respeito à saúde mental. Possuindo uma robusta rede, composta por psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, que atuam em conjunto.
De acordo com Rodrigo, as demandas aumentaram nos últimos anos no município. Porém, o que aparenta ser algo alarmante também comprova o crescimento da preocupação das pessoas acerca da importância de manter os cuidados com a saúde mental, enfatizando que o sistema de saúde está preparado para suprir essa necessidade. “Muito antes do rompimento da barragem já tínhamos um aparato muito bom. Claro, tivemos que nos capacitar ainda mais e aumentar as equipes, mas o resultado tem sido satisfatório", evidencia.